História de Alcochete
Há vestígios de presença humana em Alcochete da pré-história à antiguidade. A região foi sucessivamente dominada por romanos, suevos, vândalos e mouros. Da presença romana existem diversos vestígios arqueológicos em Porto dos Cacos, na Herdade de Rio Frio.
A vila tem a sua história ligada à dominação árabe em Portugal. Após a reconquista cristã, a povoação passou para o senhorio da Ordem de Santiago. É a um grão-mestre desta Ordem, o infante D. Fernando, duque de Viseu, irmão de D. Afonso V, que Alcochete deve a sua reedificação.
A povoação terá particular importância durante os reinados de D. João I e D. João II, monarcas que passaram longas temporadas na vila. Alcochete era então uma estância de repouso da corte. Foi elevada à categoria de vila durante o reinado de D. João II.
Até ao reinado de D. Manuel I a região pertenceu ao concelho do Ribatejo, situado entre a Ribeira de Canha e a Ribeira das Enguias (Alcochete), onde existia um conjunto de povos que, durante os séculos XIII e XIV, se dedicaram à pesca, à exploração de salinas e ao cultivo da vinha.
Em 1515, D. Manuel I atribuiu foral conjunto às vilas de Alcochete e de Aldeia Galega (ou Aldegalega do Ribatejo, hoje Montijo).
A partir do século XVII, além da agricultura, a exploração do sal e a atividade piscatória passaram a ser predominantes para a maioria da população ativa. Entre 1868 e 1870 tem início, no estuário do Tejo, desde Alcochete e rio das Enguias até ao mouchão da Cobra, no rio Amora, a exploração de ostras.
A partir de meados do século XX, com o desenvolvimento das ligações rodoviárias e a perda de importância económica do rio Tejo como meio de comunicação, as atividades de pesca, de navegação fluvial e de salinicultura entraram em declínio.